Quem serão vocês que aí estão, que vão lendo o que escrevo, em silêncio, mas que as estatísticas me dizem que existem?
Nota: Há uma caixa de comentários... :-)
 
À pergunta, "O povo português aguenta mais austeridade?", o sr. Fernando respondeu prontamente:
"Ai aguenta, aguenta!”
E logo acrescentou que o desemprego na Grécia “já está em 23,8%” e chegará aos 25,4% no próximo ano. Apesar disso, os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos”.

A quem ler este post, proponho um pequeno exercício. Tomem a resposta e título deste post como uma espécie de refrão, e vão respondendo.

- O sr. Fernando aguenta que um dentista lhe arranque um dente sem anestesia? (refrão)
- O sr. Fernando aguenta ser manequim de montra numa loja na Grécia durante protestos? (refrão)
- O sr. Fernando aguenta passar um mês a pão e água? (refrão)
- O sr. Fernando aguenta perder a voz e nunca mais poder ter as suas habituais intervenções arrogantes? (refrão)
- O sr. Fernando aguenta sentar-se numa cadeira de ferro e perceber que ela está em brasa? (refrão)

Podia aqui continuar sem nunca parar, a resposta adequar-se-ia sempre. Sempre, sr. Fernando, porque mesmo morrer, se aguenta.

Mesmo as suas palavras se aguentam. Mas mostram bem a pessoa que é.
Que continue a ser muito feliz, sr. Fernando.
 
 
Sorridente, Gaspar sabe a resposta: porque é mais barato.
E quem sabe, será de novo uma a dividir por três...
(excerto da capa do Público de ontem)
 
Ontem, num autocarro, viajou comigo um duende.A lenda diz que para enganar os homens, ele fabrica uma substância parecida com ouro, que desaparece algum tempo depois. Cuidado Gaspar, que as contas podem estar mal...
 
"Só quem não sabe o que é a atividade da AR é que pode imaginar que um Grupo Parlamentar pode não ter carros para os deputados que são solicitados para participar diariamente em atividades da sociedade civil em todo o País. Pagamos mensalmente 3700 euros de renda. É dinheiro dos contribuintes? Claro que é. Mas quem quer uma democracia sem custos, o que verdadeiramente deseja é uma não democracia. Sem democracia os custos são ainda mais elevados mas ninguém sabe. 

Eu sou democrata e quero que tudo se saiba. Até que deixei de poder usar em serviço um BMW 5 para usar um Audi 5 porque era significativamente mais barato."
Carlos Zorrinho dixit
 
"Privatize-se tudo, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo… e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos."

José Saramago, Cadernos de Lanzarote – Diário III

 
Viu-me no pátio, como já tinha visto outros 2 pais segundos antes, e (é óbvio que tem uma irritaçãozinha comigo) diz primeiro para o ar: “Ai mas os pais não podem entrar aqui, quem é que está a deixar entrar os pais?”. Como a ignorei completamente, apesar de estarmos a menos de 10 metros, não resistiu e dirigiu-se directamente a mim: “Óh pai, o pai não pode estar aqui”. Apeteceu-me mais uma vez esclarecer que não é minha filha, pelo que tratar-me por pai, me incomoda.

Naturalmente adoraria que me irritasse, que a tratasse mal para se poder queixar. Mas não. Educadamente e com uma calma por certo irritante, esclareci-a de que tinha sido informado que até ao final desta primeira semana, os pais poderiam entrar com os filhos na escola. E ainda acrescentei, que não se preocupasse porque só tinha decidido entrar hoje, e que não estragaria nada.

Como seria de esperar de qualquer pessoa falsa, cínica, recalcada, veio a habitual frase idiota “Ah, então foi porque não me informaram. Óh pai, o pai não leve a mal”. Sorri para ela e descansei-a “Não, claro que não levo”.

Não levo a mal, acho um nojo estas invenções de pequeninas normas, para exercer pequeninos poderes.

 
Um pequeno passatempo: Ler com atenção e tentar preencher os espaços. Sim, 
Podem enviar as tentativas de solução pela caixa de comentário.