Viu-me no pátio, como já tinha visto outros 2 pais segundos antes, e (é óbvio que tem uma irritaçãozinha comigo) diz primeiro para o ar: “Ai mas os pais não podem entrar aqui, quem é que está a deixar entrar os pais?”. Como a ignorei completamente, apesar de estarmos a menos de 10 metros, não resistiu e dirigiu-se directamente a mim: “Óh pai, o pai não pode estar aqui”. Apeteceu-me mais uma vez esclarecer que não é minha filha, pelo que tratar-me por pai, me incomoda.

Naturalmente adoraria que me irritasse, que a tratasse mal para se poder queixar. Mas não. Educadamente e com uma calma por certo irritante, esclareci-a de que tinha sido informado que até ao final desta primeira semana, os pais poderiam entrar com os filhos na escola. E ainda acrescentei, que não se preocupasse porque só tinha decidido entrar hoje, e que não estragaria nada.

Como seria de esperar de qualquer pessoa falsa, cínica, recalcada, veio a habitual frase idiota “Ah, então foi porque não me informaram. Óh pai, o pai não leve a mal”. Sorri para ela e descansei-a “Não, claro que não levo”.

Não levo a mal, acho um nojo estas invenções de pequeninas normas, para exercer pequeninos poderes.

Maria Caxuxa
17/9/2012 08:55:51 pm

Sempre os pequenos poderes que alimentam o ego deste país desvalorizado...

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